quinta-feira, 5 de julho de 2018

ACEITA UM CAFEZINHO?




Nesses dias, fui a uma churrascaria com rodízio de carnes, me confraternizar com amigos. Carnes suculentas passando frente aos nossos olhos, buffet com variedades de acompanhamentos, atendimento fora da média. Sobremesa? Cada uma melhor que a outra. Exagerei. Digo, exageramos.

_Garçom, uma água com gás, por favor.
_Pois não, senhor.

Quem sabe assim, depois de uns "arrotos", desculpem a indelicadeza, mas não encontrei outro nome para esta ação de devolver o gás produzido em meu estômago, para fora, estaria mais confortável.
Por fim, o garçom nos vendo e ciente de que estávamos fartos, excedidos, cheios, veio até nossa mesa e nos ofereceu um cafezinho...

_Com licença, aceitam um cafezinho?
Um oferecendo ao outro, por fim, 4 cafés.

Tomamos, naquelas xícaras minúsculas, de um gole só.

_Garçom, a conta por favor.
_Pois não.

Então a conta chega, e "para a nossa alegria", os cafés tinham sido cobrados, e bem cobrados. 5,50 cada + 10% da gorjeta, 6,05. Pagamos 24,20 em 4 xícaras minúsculas de café. O rodízio custou 29,90 por pessoa. Então, fiz essa continha básica:

A cada 5 pessoas que tomam 1 cafezinho, a churrascaria vende o suficiente para 1 rodízio. Então, calcula-se 500 pessoas em um dia de sábado, e se 400 aceitam o cafezinho, isso gera uma receita de 2.400,... por dia, somente nesse: "aceita um cafezinho?". Conheço cafeterias que não faturam isto em 2 ou 3 dias acumulados.

A lição: agregar produtos ao seu carro-chefe. Vende pizza? Sapatos? Camisas? Medicamentos? Veja o que combina, e ofereça. Mas ofereça de forma gentil e com sutileza, afinal de contas, "o cafezinho não é de graça".

Autor Leniclécio Miguel

domingo, 18 de março de 2018

VAMOS FALAR DE (IN)GRATIDÃO!


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Sei que a carapuça servirá para alguns, mas como não é a minha intenção, resolver meus desafetos publicamente, vou generalizar. É notável que as relações interpessoais existem por algum interesse. Seja de companhia, de aprendizado, de afeto, de admiração, de alpinismo social, oportunismo...

... Obviamente, cada um se aproxima do outro, com uma expectativa. Mas, e quando essa expectativa não é suprida? E quando o outro se afasta, sem ao menos lhe dar o benefício da dúvida? Ou quem sabe, o bastão do perdão incondicional? Quem realmente, nesta vida, está disposto(a) a sacrificar um pouco de sua vida, por alguém?

Encaro as relações, como possibilidades. Possibilidades de aprofundar-se no mundo e vida do outro, e por fim, conhecer tanto, e se achar parecido(a), ao ponto de não suportar os nossos defeitos que encontramos no outro. "É que Narciso acha feio o que não é espelho", aqui, Narciso acha incômodo, o que reflete do outro, para si.

Dizem que quando apontamos um defeito no outro com veemência e incômodo, é porque, este defeito, é latente na gente. Penso, que existem situações que realmente cabem uma reflexão, e o convite a Freud, para que o dileto explique.

Mas vida sendo vivida, nos deparamos com gente de todo tipo de gente. Aqueles que dizem nunca, e cedem sempre. Os que dizem jamais, e sempre fazem. Paradoxos de uma vida repleta de externos. O "onto", aqui, fica para depois; normalmente naquelas crises existenciais, que se "curam" com uma noite de vodca, laranja e gelo; ah, e um amigo "bobo", para ouvir as lamúrias.

A ingratidão acontece, quando alguém não consegue nivelar o ideal com o real, ou seja, os seus parâmetros de gratidão. Então, há a frustração. Um afastamento, um distanciamento ou uma "DR". Conheço algumas pessoas que se afastaram sem me dar a chance de saber o meu erro, condenação sem defesa.

Para estas, tomo uma dose cavalar de IMPLACABILIDADE. Sou flexível até o ponto que, o bambu -, o meu -, tende a rachar. Ser implacável, é de fato, uma decisão difícil, mas com benefícios. Você não fica refém dos motivos do outro, e nem dos porquês que o outro teve para se afastar. Você apenas não aceita mais a possibilidade de uma reaproximação.

A fraqueza do outro, não obriga a você, sob nenhuma hipótese, da misericórdia. Do perdão. Da concessão. Se teve motivo para se distanciar, que resolva-se. Não lhe explicou os motivos? Siga! Mas siga de cabeça erguida, pois existe o bem, até naquilo que pensam fazer mal, a ingratidão é uma delas.

Leniclécio Miguel

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