domingo, 18 de março de 2018

VAMOS FALAR DE (IN)GRATIDÃO!


Imagem relacionada

Sei que a carapuça servirá para alguns, mas como não é a minha intenção, resolver meus desafetos publicamente, vou generalizar. É notável que as relações interpessoais existem por algum interesse. Seja de companhia, de aprendizado, de afeto, de admiração, de alpinismo social, oportunismo...

... Obviamente, cada um se aproxima do outro, com uma expectativa. Mas, e quando essa expectativa não é suprida? E quando o outro se afasta, sem ao menos lhe dar o benefício da dúvida? Ou quem sabe, o bastão do perdão incondicional? Quem realmente, nesta vida, está disposto(a) a sacrificar um pouco de sua vida, por alguém?

Encaro as relações, como possibilidades. Possibilidades de aprofundar-se no mundo e vida do outro, e por fim, conhecer tanto, e se achar parecido(a), ao ponto de não suportar os nossos defeitos que encontramos no outro. "É que Narciso acha feio o que não é espelho", aqui, Narciso acha incômodo, o que reflete do outro, para si.

Dizem que quando apontamos um defeito no outro com veemência e incômodo, é porque, este defeito, é latente na gente. Penso, que existem situações que realmente cabem uma reflexão, e o convite a Freud, para que o dileto explique.

Mas vida sendo vivida, nos deparamos com gente de todo tipo de gente. Aqueles que dizem nunca, e cedem sempre. Os que dizem jamais, e sempre fazem. Paradoxos de uma vida repleta de externos. O "onto", aqui, fica para depois; normalmente naquelas crises existenciais, que se "curam" com uma noite de vodca, laranja e gelo; ah, e um amigo "bobo", para ouvir as lamúrias.

A ingratidão acontece, quando alguém não consegue nivelar o ideal com o real, ou seja, os seus parâmetros de gratidão. Então, há a frustração. Um afastamento, um distanciamento ou uma "DR". Conheço algumas pessoas que se afastaram sem me dar a chance de saber o meu erro, condenação sem defesa.

Para estas, tomo uma dose cavalar de IMPLACABILIDADE. Sou flexível até o ponto que, o bambu -, o meu -, tende a rachar. Ser implacável, é de fato, uma decisão difícil, mas com benefícios. Você não fica refém dos motivos do outro, e nem dos porquês que o outro teve para se afastar. Você apenas não aceita mais a possibilidade de uma reaproximação.

A fraqueza do outro, não obriga a você, sob nenhuma hipótese, da misericórdia. Do perdão. Da concessão. Se teve motivo para se distanciar, que resolva-se. Não lhe explicou os motivos? Siga! Mas siga de cabeça erguida, pois existe o bem, até naquilo que pensam fazer mal, a ingratidão é uma delas.

Leniclécio Miguel

Todos os direitos reservados®